Nunca te esqueço os dedos de veludo, Quando me carregavas no regaço… Caí da imensidão azul do Espaço Qual pássaro da noite, triste e mudo. Cresci… Estás em tudo quanto faço… No entanto abandonei o lar, o estudo, Até que do prazer me desiludo Arrasado de tédio e de cansaço. Onde a estrela sublime do Universo, Em que sintas a dor que há no meu verso? Vem a mim, alma linda! Vence a bruma! Quanto amor temos nós, no mundo inquieto, Desde a ligeira estima ao grande afeto? Mãe, porém, ante Deus, só tem uma! |
Reformador — Maio de 1989.
Segundo consta do original, o soneto foi recebido em reunião pública da noite de 07/02/1988, no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, Minas Gerais.