Graças a ti, ó dor, minh’alma agora Bendiz o sacrifício amargo e justo… Graças a ti lutei, vencendo a custo As fronteiras da angústia que devora! O teu cálix de pranto que aprimora, Que enche o mundo de fel, desgosto e susto; Nasce do excelso altar do templo augusto Da verdade que esplende céus afora… Feres, rude e cruel, bates e humilhas, Mas teus golpes produzem maravilhas E a tua voz jamais amaldiçoa. A ti, glória imortal! Bendita sejas, Na adoração de todas as Igrejas, Mensageira de Deus, humilde e boa. |
Esse soneto e o anterior foram extraídos da 3ª Parte do livro Flores de Outono, editado pela LAKE, sendo os únicos da relação de poemas mediúnicos daquela obra que não constavam dessa compilação. K.J.