Glória à carne-prisão que nos tortura! Hosanas à aflição que fere e oprime… Nasce da carne-dor a luz sublime Da paz que brilha além da noite escura. Exaltemos a chaga que depura O erro, a imperfeição, a sombra e o crime. Honra à flagelação que nos redime Nos vales de ilusão e desventura… Hoje, Senhor, chorando de alegria, Recordo a solidão amarga e fria No júbilo celeste que me invade!… E agradeço-te a carne em lepra triste, Manto de treva e sol com que me abriste Os castelos de amor da Eternidade. |