Cartas do Coração

Capítulo XXVIII

Versos para Julinha



Não desprezes, no mundo, filha amada,

Nosso caminho de aflitivas dores…

Em nossa cruz de braços redentores

Brilha a excelsa esperança da alvorada!…


Cultiva sempre a Fé por onde fores

E, ainda mesmo sozinha e fatigada,

Serve à Glória do Bem na Grande Estrada,

Onde o Amor guarda ocultos resplendores!…


Hoje, louvo as angústias e as feridas

Com que lavei meus erros de outras vidas,

Aos teus sorrisos de consolação.


E repito-te, em pranto de saudade

— Deus te abençoe, meu anjo de bondade,

Filha Querida do meu Coração!…




— Soneto oferecido pelo poeta à irmã Julinha Kohleisen, de São Paulo.