Peregrino da sombra enfermo e triste, — Farrapo escuro de sinistros ventos — Que passas, entre os homens desatentos Chorando a mágoa estranha que te assiste… Embora esteja a dor por lança em riste Vigiando-te as mãos e os pés sangrentos, Segue, louvando os teus padecimentos, No espinheiral da encosta a que subiste!… Não te pese a aflição torva e escarninha, Clama, geme, soluça, mas caminha Na armadura de pranto em que te encerras! E quando a luz beijar-te sobre o monte, Contemplarás os sois de outro horizonte E a beleza sublime de outras terras!… |