Não te prendas à sombra, minha filha… Guarda o teu sonho luminoso e puro. E avança para as bênçãos do futuro, Agradecendo a mágoa que te humilha. A dor é a nossa rútila cartilha E embora o nosso trôpego e inseguro, Sobe do vale desditoso e escuro Para o monte onde a luz se estende e brilha. Sobe, vencendo a treva dos caminhos, Entre pedras e acúleos escarninhos Que te marcam a senda de ascensão… E um dia, além da cruz, ao fim da prova, Encontrarás cantando a vida nova Na glória eterna da ressurreição. |