Quando a noite abre o manto, minha filha, Na fluidez de veludo que há no vento, Venho sempre afagar-te o pensamento, Ao luar da saudade que rebrilha… — “Não chores, minha doce maravilha!” Repito, enquanto, em preces, acalento Teu peito opresso pelo sofrimento, Ante o céu constelado de escumilha!… — “Minha princesa” — exclamo — “filha amada, Não te firam as pedras que há na estrada, Guarda a tua bondade peregrina!…” E, ouvindo a minha voz amas e esperas As suaves e santas primaveras Do Lar Eterno, na União Divina. |
— Soneto dedicado à Sra. Lady Santos, pelo Espírito de sua mãezinha através do médium Francisco Cândido Xavier.