Disse-me o Orgulho torvo, certo dia: — — “Além da morte, tudo é sombra e nada…” E a Ciência ajuntou, desalentada: — “A sepultura é cinza espessa e fria”. E eu, cansado romeiro da agonia, Busquei o pouso da Divina Fada, Sonhando, em pranto, a paz inalterada Para o inferno de angústia que eu trazia. Mas, ante as portas do seu templo escuro, Quando bradei: — “Ó Morte que eu procuro, Dá-me o olvido em teus braços maternais!…” Escancarou-se o abismo miserando E encontrei, desditoso, soluçando, Escuridão, remorso e nada mais. |