De coração cansado e opresso embora, Não fujas ao calor da forja ardente, Sofre os golpes da luta, frente a frente, Bendizendo a aflição que te aprimora. A mentira da fuga te não tente O coração que sonha, clama e chora. Levanta-te e caminha! Vence agora Os perigos do pântano inclemente. Acalma-te, confia, crê, resiste, No destino mais áspero ou mais triste, Porque a dor é a montanha em que te elevas! Quem foge ao pranto amargo que depura, Muita vez desce à noite imensa e escura, Para gemer no cárcere das trevas. |