Contemplando-Te, ó Mestre, içado às dores, Em teu trono de angústia, sangue e chagas, Sinto em mim a grandeza com que esmagas O ódio e a maldade dos perseguidores… Ladeado por rudes malfeitores, Ao vozerio de baldões e pragas, Guardas no olhar a bênção com que afagas O coração dos pobres sofredores. “Perdoai-lhes, meu Pai!…” — disseste em pranto No imenso amor, iluminado e santo, Que a tua cruz de lágrimas encerra… E vejo, enfim, que sem teus dons divinos Não passamos de escuros peregrinos, Infortunados lázaros da Terra! |