Muitas vezes, Senhor, brandindo a espada, Junquei o campo de amargosas dores, Estendendo medalhas e favores Sobre o sangue da presa abandonada. A golpes vis, assinalei a estrada Do meu carro de falsos resplendores E, buscando lauréis enganadores, Desci, gemendo, à sombra ilimitada… Mas, por lavar-me as trevas de outras vidas, Deste-me a cruz de pranto e de feridas No desprezado monte da aflição; E, hoje, na doce luz com que me afagas, Agradeço a lição de angústia e chagas Com que me deste a paz da redenção. |