Para aclarar-te a senda Morre o óleo sem mágoa, Na lâmpada que empunhas Para servir-te a mesa Sofre o vaso As injúrias do forno; Para fazer-te o pão A semente, em renúncia, Desce à cova sombria. Para acalmar-te a sede Corre a fonte Sobre o leito empedrado… E houve Alguém que, por ti E em favor de nós todos, Sendo Anjo Divino, Imolou-se na cruz Para doar-nos paz Sobre a vida abundante! Que sofremos, irmão? Que bênçãos derramamos, Nós que tanto devemos Ao Céu e à Humanidade? Que trabalho abraçamos Por acender mais luz E espalhar mais consolo? Pára, medita e segue!… A sábia natureza Reclama, em toda parte, O doce entendimento. Repara a flor aberta, A estrela branda e calma E escuta a árvore humilde A desfazer-se em dons De socorro e carinho… E deixa que por ti Fale a bênção de Deus Que nos fez para a glória De subir e brilhar Na alegria sem fim De servir e de amar… |