No trabalho generoso Que se impõe ao lavrador, Destaca-se a parte ativa Que compete ao regador. Modesto, pronto ao serviço, Que se deve à horticultura, Atende bondosamente A toda semeadura. Se tarda a chuva amorosa Para a leiva ressequida, Vem ele silencioso E espalha as águas da vida. É o sublime protetor Dos germes por excelência, E no esforço que desdobra Não conhece preferência. Não separa ao benefício Os lírios da couve-flor, Disposto à fraternidade, Obedece ao Pai de Amor. Também não pede à batata Que amadureça num dia, E exemplifica a esperança Em paz e sabedoria. Amigo da sementeira, Espalha a bondade imensa, Servindo sem aflições E dando sem recompensa. Esforça-se o ano inteiro, Muita vez sem intervalo, Por cuidar de flores ricas, Que nunca virão cuidá-lo. No campo de ajuda aos outros, Atenta no regador, Onde o Cristo te conduza Prestando assistência e amor. Não procures resultados, Não vivas de inquietação, Faze o bem, alenta a vida, E espera a evolução. |