Dos serviços da olaria, Onde há lama em desconsolo, É justo aqui salientar As sugestões do tijolo. Barro pobre e ignorado, Extraído em baixo nível, A princípio não parece Mais que lama desprezível. Batido, dilacerado, Ao peso do amassador, É pasta lodosa e humilde Do subsolo inferior. Após o rigor imenso De luta grande e escabrosa, Levado ao forno candente, Sofre a queima dolorosa. Apagado o fogo rude, O tijolo pequenino, Embora a modéstia enorme, É retângulo divino. Saiu da lama humilhada, Foi pisado de aspereza, Foi queimado, mas agora É base de fortaleza. Apesar da pequenez, É a nota amiga e segura, Que constrói bondosamente A casa da criatura. É a bênção, filha do pó, Que as fornalhas não consomem, É terra purificada, Servindo de abrigo ao homem. Procura, amigo, entender Este símbolo profundo: Não te esqueças do trabalho Na olaria deste mundo. Tão logo purificares O barro inferior do mal, A experiência é o tijolo Em tua casa imortal. |