Na viagem rude e longa Em região solitária, A todos os viajores A bússola é necessária. Quando a jornada é difícil, Aquele que a tem, de perto, Vai seguindo confortado Na bênção do rumo certo. Soprem ventos formidandos E a sombra prometa a morte, A bússola honesta e firme Não perde a visão do Norte. Muita vez, em mar revolto, Nas zonas desconhecidas, Atende, silenciosa, Dando fé, salvando vidas. Tudo angústia da borrasca E trevas de nevoeiro, Mas a bússola responde Aos olhos do timoneiro. De outras vezes, no deserto, Se palpita a inquietação, Traduz generosamente O conforto e a direção. Em meio a vacilações, Significa o resumo De grandes consolações A quem ame o próprio rumo. Tanto em água revoltada, Como em areia, em espinho, A bússola generosa Jamais esconde o caminho. Nas rudes experiências Da romagem terrenal, Não se pode prescindir Do rumo espiritual. Se caminhas neste mundo, Sejas moço, sejas velho, Não esqueças, meu amigo, A bússola do Evangelho. |