Quase em todos os lugares, Vencendo tempo e distância, A boneca sempre atrai A grande atenção da infância. Em torno dela palpitam Mil castelos pequeninos; É a doce futilidade Do coração dos meninos. Nesses campos infantis Há luta, rixa, esperança… É tão frívola a boneca! Mas faz feliz a criança. Na casinha de brinquedo, No princípio nobre e puro, É que se forma o programa Das construções do futuro. Sabem disso os pais bondosos E, notando a experiência, Atendem aos pequeninos Sem recursos à violência. Não dilatam fantasias, Não mentem por enganar, Mas se valem da boneca No intuito de ensinar. Cada coisa, cada gesto, Da mais ínfima expressão, São vistos e aproveitados Na esfera da educação. A boneca inanimada Constitui sempre o motivo, De lições maravilhosas, De trabalho evolutivo. Há no mundo muitos homens, Sem propósitos do mal, Que guardam muitas bonecas Da infância espiritual. Junto deles, não condenes, Não tenhas reprovação, Não te faças de menino, Jamais lhes negues a mão. |