Quem saiba ver nos caminhos A luz, a beleza, a graça, Não foge à contemplação Do símbolo da vidraça. Existe em tamanhos vários, Mostrando serviço e arte, Satisfazendo ao conforto Quase sempre, em toda parte. Prestativa, atenciosa, O homem não lhe traduz A função maravilhosa De abrir novo campo à luz. Espelho caricioso De muita delicadeza, Seu esforço no trabalho Tem enorme sutileza. É que em todos os lugares, Frente ao mesmo sol de amor, Dá caminho à claridade, Mas, conforme a própria cor. Se vermelha, o apartamento Guarda-lhe em tudo o matiz, Parecendo cada coisa Engrinaldada a rubis. Se verde, a casa parece De verdura peregrina; Se azulada, é a cor do céu Que se dilata e domina. Na expressão do colorido, Tem seu símbolo de escol, Pois se o vidro é multicor, Todo o sol é o mesmo sol. Quem não percebe aí dentro, Sem grandes indagações, O Divino Amor de Deus E as várias religiões?!… Deus é sempre o mesmo Pai Que ilumina, cria e sente: Mas o homem o recebe De acordo com a própria mente. |