De manhã, em toda casa, Ar puro, janela aberta, A higiene determina O movimento de alerta. É o asseio proveitoso Que começa com presteza, Expulsando o pó de ontem Nos serviços da limpeza. A vassoura range, range, No polimento ao soalho, Sem desprezar coisa alguma Na expressão do seu trabalho. Vêm escovas cuidadosas Ao lado de espanadores E renova-se a paisagem Dos quadros interiores. A água cariciosa Que se mistura ao sabão, Carreia o lixo, a excrescência, Enche baldes, lava o chão. Os livros desafogados Mostram ordem nas fileiras, Convidando ao pensamento Do cimo das prateleiras. Os móveis descansam calmos, De novo brilha o verniz. Toda a casa fica leve, Mais confortada e feliz. A limpeza efetuada É novo impulso à energia, Multiplicando as estradas De esforço e sabedoria. A faxina, qual se chama, Na linguagem da caserna, Tem seu símbolo profundo Nos campos de vida eterna. Muita gente sofre e chora, Na dor e na inquietação, Por nunca fazer faxina Nas salas do coração. |