O homem sensato e nobre, Quando faz a moradia, Toma alvitres à prudência, Conselho à sabedoria. Primeiramente examina O local, a posição, E edifica os alicerces Devidos à construção. Não se cansa de escutar As vozes da sensatez, Que sugerem vigilância E induzem à solidez. Muito antes da parede, Da janela, do portal, Reflete fazendo contas E escolhe o material. Raciocina por si mesmo, Não perde ponderações, E estuda todo problema Das suas aquisições. Não se atira a preço baixo, De matéria condenada; A sucata não lhe serve, Nem madeira carunchada. Acima de toda ideia, Vibra a ideia de seu lar. Seleciona a caráter Cada coisa em seu lugar. Impõe-se nos seus desejos, Sereno, prudente, ativo; O senso da qualidade Garante-lhe o objetivo. Esse homem previdente Dá lições a cada qual, Na construção do edifício Da vida espiritual. Escolhe teus pensamentos No dever que te governa. Ideias, palavras, atos, Constroem-te a casa eterna. |