Quanto possas, assim, ainda que seja por algumas horas de um dia em cada sete, na equipe dos irmãos de ideal ou simplesmente sozinho; atende ao culto semanal da caridade como dever.
Faze-o, porém, com amor e humildade, porque somente através da humildade e do amor o teu gesto de fraternidade e carinho não se transformará em fel da vaidade constrangedora.
É imprescindível sejamos entendidos no ato de auxiliar, para que não tenhamos em troca a desconfiança e a amargura daqueles que nos esperam ternura e cooperação.
Há companheiros em lutas expiatórias tão complexas que não dispensam o apoio incessante, enquanto atravessam as faixas da vida física.
Lembra-te, no entanto, do pão e da luz, com que Deus te socorre, todos os dias, e ajuda sempre.
O olvido temporário da carne, enquanto é hoje, não te deixa perceber a medida dos próprios débitos.
Se agora é o teu momento de dar, amanhã pode surgir a tua hora de receber.
Não te faças representar por outrem, ao lado de quem padece. Dinheiro e autoridade convencional, respeitáveis embora, não compram na vida os talentos do coração.
Doarás alimento e remédio, reconforto e carinho aos que jazem nas algemas da angústia, mas, em troca, todos eles dar-te-ão coragem e esperança, fortaleza e consolo, valorizando-te, no corpo terrestre, a responsabilidade de agir e viver.
Deixarás a tenda dos tristes, diminuindo a própria tristeza, deixarás os cegos, louvando os próprios olhos, contemplarás o paralítico, sentindo a graça do movimento, e despedir-te-ás dos enfermos e dos loucos, dos fracos e infelizes, agradecendo ao Senhor a ventura de poder ajudar.
Não esperes, desse modo, pelo concurso dos outros para sustentar a fonte do bem.
Concedeu-te Jesus no Espiritismo que te abençoa a porta de trabalho e esperança para o acesso à Vida Maior.
Ora e estuda, aprende e ensina a verdade, mas não olvides a leitura do amor no livro das almas.
Observe as leis da Vida, entendendo e ajudando os corações que te cercam, para que te não emaranhes na sombra, ante o esplendor do Grande Caminho… E, confiando-te à solidariedade como simples dever, perceberás, junto de cada aflição, a presença do Cristo, o Divino Benfeitor, que resumiu o seu Evangelho de Luz, no mandamento inesquecível: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo
Mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier, em reunião pública da noite de 23 de julho de 1956 no “Centro Espírita Humildade Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.
Essa lição foi publicada em 1994 pela editora GEEM e é a 4ª do livro “” e só posteriormente em 2002, com 40 anos de atraso, veio a lume no presente livro, editado pela UEM.