Quanto seja possível, ainda mesmo, por alguns raros minutos durante o dia, atende ao culto do estudo nobilitante por simples obrigação. Faze-o, no entanto, com humildade e atenção, para que a indiferença te não encegueça e para que a vaidade se não imiscua em tuas disposições.
Distribui alimento e remédio, agasalho e conforto aos que choram desfalecentes na retaguarda, que a caridade é dever primordial a que ninguém pode fugir sem dano imprevisível, todavia, instruindo-te a preço de esforço próprio, ajuda o serviço da educação geral em favor de ti mesmo.
Alfabetiza alguém que espera pelo devotamento alheio, a fim de ler com desembaraço e auxilia a escola para que se mantenha por radiante farol a desintegrar o nevoeiro mental que arruína o mundo.
Compadece-te do estômago vazio de teu irmão em Humanidade, mas não lhe relegues o coração ao império da sombra.
Uma página consoladora, uma frase instrutiva, um opúsculo edificante e uma hora de conversação iluminativa realizam prodígios de felicidade e beleza, alegria e esperança.
Lembremo-nos de que, transcorridos quase vinte séculos sobre o Cristo na Manjedoura, ainda hoje, podemos encontrá-lo, palpitante e sublime, no templo do Evangelho em forma de livro.
Todos os grandes orientadores da Terra estão vivos no caminho comum, através do ensinamento que nos legaram.
Reverenciemos, desse modo, os livros nobilitantes que nos tragam à mente os reflexos da vida superior, a fim de que a nossa vocação para o bem não se perca no labirinto dos caprichos particulares.
A caridade levanta.
A educação ilumina.
O culto do estudo é força da ascensão espiritual, colocando-nos em sintonia com os Planos superiores, para que nos discipline o trabalho e se nos avive o discernimento.
Por esta razão, nos primórdios da Codificação Kardequiana, o Espírito da Verdade exortou-nos convincente:
— “Espíritas, amai-vos! — eis o primeiro ensino. Instrui-vos! eis o segundo.” ()
E foi talvez por isso que se o Senhor nos disse: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo
(Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 24 de dezembro de 1958, no “Centro Espírita Luz e Caridade”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais).