Pensando na bondade de nosso Pai e Criador, Podemos sentir a Sabedoria e a Beleza. E Ele nos mostra a Lei do Perdão por toda parte, Em toda a imensidão da Natureza. Parte-se a terra espontaneamente, Sem correção de barrancos e sem reclamar, Tolerando desprezo e desatenção E deixa o rio passar. O rio é a casa dos peixes, Chega o pescador de rede à mão, Embora estranhando o invasor, Não lhe dá somente um peixe e sim, um largo feixe. O homem atira bomba na pedreira Que se magoa e quase que se arrasa, Mas acompanha o agressor e lhe premia, Construindo-lhe em paz a própria casa. O homem aproxima-se da árvore produtiva Ferindo-a de todo a golpes brutos, A árvore silenciosa não responde E lhe entrega, sem preço, os próprios frutos. A abelha trabalhadora faz o mel Que ela considera puro e raro, Vem o homem e lhe furta, os favos lindos Para vendê-los na rua muito caro. Perdoemos, irmãos, a falta alheia, A lembrar que temos nós também as nossas, Às vezes faltas simples E muitas vezes faltas das mais grossas. Recordemos Jesus que nos ensina, Que precisamos nós, em qualquer parte, Do socorro fiel da Compaixão Divina, E que o perdão deve ser dado sempre, Não uma vez só ou sete vezes, E sim setenta vezes sete. (Mt |