Chico Xavier e suas Mensagens no Anuário Espírita

Capítulo XI

Homenagem



Dama nobre que amei, desprezado e proscrito,

Ao recordar-te, fiel, por legendárias landas,

Liberto, em vão, busquei a terra onde hoje mandas,

Cavaleiro do sonho, a galopes no Egito…


Achei-te reencarnada, em áspero conflito,

Mutilada mulher, já não falas, nem andas,

E alguém te exibe ao povo as chagas por guirlandas,

Na caça de sustento ao corpo gasto e aflito.


Ao ver-te exposta à rua, aos empuxões e aos trancos,

Lembro-te o sólido de ouro e os belos coches brancos,

Tremo, transido e triste, a seguir-te de rastros!…


Louva, Senhora, a lei!… Sofre a pena e a clausura…

Um dia, livre enfim, santificada e pura,

Terás, de novo, um reino e um trono, além dos astros.




(Anuário Espírita 1965)