Parecia uma fera de encomenda. Quando Nhô Quinca dava a sapituca, O povo no roçado ou na poruca Chorava que nem cana na moenda. Posseava das terras de contenda, Tomou terra de Adão, terra de Juca, As terras de Donana de Minduca… Ele queria o mundo na fazenda. Vem um velho pedir barro de oca, Nhô Quinca bate nele na engenhoca E cai num tacho quente de melado. Morreu na raiva… E o pobre do Nhô Quinca, Só teve na fazenda da Cainca Sete palmos de terra no cerrado. |
Renova-te! Alguém já disse, E disse com precisão, Que a rotina é uma empregada Escravizando o patrão. — “Pão que sobra é contrabando,” — Falou Maria Correia — “Pedaço que está faltando No prato da casa alheia.” Caridade indiscutível Evitar a tentação; Se a gente guardasse a porta, Não haveria ladrão. Provérbio que o povo diz E a vida atira nos ares: Serás tanto mais feliz Quanto menos desejares. |
[As poesias destacadas com o texto em cor diversa do negro são devidas à psicografia de Francisco Cândido Xavier, e as outras à de Waldo Vieira.]
[NOTA: O soneto que encabeça este capítulo foi reproduzido no Anuário Espírita de 1965.]