Sofres por bagatela, alma fraterna e boa Qualquer falta de alguém te fere e te atordoa. Uma colcha rompida, um ônibus que atrasa, Um menino que reina, uma barata em casa. Pensa, no entanto, em teu leito macio, Nos irmãos sem pousada a tremerem de frio. Olha o filho que tens, sob a lã trabalhada E recorda a criança na calçada. Revisa a própria mesa farta, em cada novo dia, Quando a tanto doente um caldo alegraria. Vai ver mães sozinhas, rua afora, Solicitando um pão para o filho que chora. Anota os pobres mendigos em feridas, Que oram sob as pontes esquecidas. Vê a penúria extrema e, depois volta aos teus!… Sentirás em teu lar um palácio de Deus. |
(Anuário Espírita 1989)