Chico Xavier e suas Mensagens no Anuário Espírita

Capítulo LIV

Grandeza



Quanto mais avança o tempo nas trilhas da História, apartando-se-lhe da figura sublime, mais amplo esplendor lhe assinala a presença.

Ele não era legislador, e a sua palavra colocou os princípios da Misericórdia nos braços da Justiça.

Não era administrador e instituiu na Caridade o campo da assistência fraternal em que os mais favorecidos podem amparar os irmãos em penúria.

Não era escritor e inspirou, e ainda inspira as mais belas páginas da Humanidade.

Não era advogado e ainda hoje, é o defensor de todos os infelizes.

Não era engenheiro e continua edificando as mais sólidas pontes, destinadas à aproximação e ao relacionamento entre as criaturas.

Não era médico e prossegue sanando os males do Espírito, além de suscitar o levantamento constante de mais hospitais e mais extensas obras de benemerência, capazes de estender alívio e socorro aos doentes.

Ensinou a prática do amor, renunciando à felicidade de ser amado.

Pregou a extinção do ódio, desculpando sem condições a todos aqueles que lhe ultrajaram a existência.

Não dispunha dessa ou daquela posse, na ordem material dos homens, e enriqueceu a Terra de esperança e de alegria.

Não viajou pelos continentes do planeta, mas conversando com alguns necessitados e desvalidos, na limitada região em que morava, elevava constantemente os destinos da vida comunitária.

Embora crucificado e tido por malfeitor, há quase vinte séculos, quando os povos tentam apagar-lhe os ensinamentos, a Civilização treme nas bases.

Esse homem que conservava consigo a sabedoria e a beleza dos anjos, tem o nome de Jesus-Cristo.

O seu imenso amor é a presença de Deus na Terra e a sua vida é e será sempre a luz das nações.




(Anuário Espírita 1988)