“O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.” — (Mt
Referindo-se ao início da Sublime Missão de Jesus, o apóstolo Mateus classifica o Mestre como a Grande Luz que começava a brilhar para os que permaneciam estacionados nas trevas e para os que se conservavam na região de sombras da morte.
Essa imagem fornece uma ideia geral da interpenetração de Planos em todos os centros da vida humana.
Na superfície do mundo desenvolvem-se os que se encontram na sombria noite de ignorância e esforçam-se os Espíritos caídos nos resvaladouros do crime, mortos pelos erros cometidos, aspirando o dia sublime da redenção.
Semelhante paisagem, todavia, não abrange tão somente os círculos das criaturas que se revestem de envoltório material, porque é extensiva à grande quantidade de seres terrestres que militam nos labores do orbe, sem a indumentária dos homens encarnados.
O Mestre, pois, é o Orientador Supremo de todas as almas que permanecem ou transitam no mundo terreno. Sua Luz Imortal é o tesouro imperecível das criaturas.
Os que aprendem ou resgatam, os que se curam ou que expiam encontram em Seu coração a claridade dos Caminhos Eternos.
A multidão que estaciona nas trevas da ignorância e as fileiras numerosas dos que foram detidos na região da morte pelo próprio erro devem compreender essa Luz que está brilhando aos seus olhos, desde vinte séculos.
Antes do Evangelho podia haver grande sombra, mas com o Cristo vibra a claridade resplandecente de novo dia.
Que saibamos compreender a missão dessa Luz, pois sabemos que toda manhã é um novo apelo ao esforço da vida.
(Anuário Espírita 1999)