Dama nobre que amei, desprezado e proscrito, Ao recordar-te, fiel, por legendárias landas, Liberto, em vão, busquei a terra onde hoje mandas, Cavaleiro do sonho, a galopes no Egito… Achei-te reencarnada, em áspero conflito, Mutilada mulher, já não falas, nem andas, E alguém te exibe ao povo as chagas por guirlandas, Na caça de sustento ao corpo gasto e aflito. Ao ver-te exposta à rua, aos empuxões e aos trancos, Lembro-te o sólido de ouro e os belos coches brancos, Tremo, transido e triste, a seguir-te de rastros!… Louva, Senhora, a lei!… Sofre a pena e a clausura… Um dia, livre enfim, santificada e pura, Terás, de novo, um reino e um trono, além dos astros. |
(Anuário Espírita 1965)