O nosso Doutor Eurípedes Não gosta de fofocagem, Acho certo e peço a ele Que me rasgue esta mensagem. Pedi ao mentor Emmanuel Permissão para estas trovas, Para sorrirmos um tanto Em meio de nossas provas. Tanto escreveu Chico amigo Que entortou as próprias pernas, Mas pode escrever comigo Notas da vida moderna. Ninguém se assuste Isso querer um pouco, Demonstrando aos meus irmãos Que estou vivo, sem ser louco. Se alguém te despreza a dor, Não respondas. Silencia. Sofrimento é para todos Cada qual tem o seu dia. Sofri sonhando castelos Que despencara no ar, Mas agora estou contente Numa casa popular. Calendários dos que sofrem, Conheço em formatos mil, São parados num só dia, Dia Primeiro de Abril. Pregador de caridade Um dos melhores que vi, Gritava na multidão: — Cada qual cuide de si. O preço de utilidades, Alteia e agora se expande, Nunca vi em nossa Terra Tanta gente de mão grande. Hoje espantado, escutei De ouvidos na voz do vento: Dizem que juntar os trapos É nome de casamento. No meu recanto relendo As revistas e os jornais Concluo com meus botões Que a nudez aumenta mais. Vendo moça vestida em tiras Sem ter decote nem saia, Perguntei e ela me disse: — É a moda ornamentária. De modas para a mulher Não sei a melhor maneira Mãe Eva se resguardava Entre folhas de parreira. Não sou da pornografia, Jamais escrevi por mal, Anotem que eu nada disse Em torno do Carnaval. Amarguras, provações? Porém não pensamos nisto, Lembremos que será lindo, Nosso Natal generoso, Recordando Jesus Cristo. Eu amo e quero o meu povo, O povo que eu sempre quis, Sendo sempre brasileiro, Sinto-me forte e feliz |
Mensagem recebida no Grupo Espírita da Prece em 11/12/1998