Tarefa de divulgação da mensagem cristã consoladora da Doutrina Espírita, que preenche a vida do estimado e querido médium Francisco Cândido Xavier, prossegue seu caminho.
É o livro espírita descortinando horizontes mais amplos e atmosferas sempre renovadas aos limitados sentidos humanos.
Diante de programação espiritual tão delicada, a completar este ano 135 anos de codificação com Allan Kardec e 65 anos de desdobre complementar com Emmanuel/Chico Xavier, voltamos nossa atenção a todos os tarefeiros que, no plano maia direto e muitas vezes humildemente, empreendem seus melhores esforços no acompanhamento dos meandros e detalhes que medeiam a gestação de um livro espírita.
Nomeá-los um a um fugiria de nosso objetivo de homenagem e reconhecimento, razão pela qual focalizaremos nossos comentários em torno de um representante dedicado desta classe de trabalhadores que executam e sustentam editorialmente a tarefa do médium Chico Xavier.
Forçoso lembrarmos a figura do confrade Vivaldo da Cunha Borges, trazendo a lume alguns detalhes de seu valoroso e eficaz trabalho.
Amigo constante do médium, responsabiliza-se pela diagramação da quase totalidade dos livros recebidos por Chico, desde 1975. Para tanto, mantém um trabalho de organização exemplar em seu gabinete, onde gasta grande parte do dia em abençoado labor. As mensagens, mal saídas do lápis mediúnico, lhe são entregues para a datilografia e as devidas correções. Aquelas sem título são por ele intituladas e, após o período de revisão, todas são cuidadosamente arquivadas em pastas classificadas segundo o Espírito comunicante (Emmanuel, Meimei, Maria Dolores, poetas, etc.). Outras são catalogadas segundo o local onde foram recebidas, como a Fundação Marietta Gaio e outras instituições espíritas do país.
Encontramos ainda o trabalho curiosamente denominado de “garimpo”, que se consubstancia num esforço paciente de busca a mensagens antigas, psicografadas pelo médium há várias décadas, e que ainda se encontram inéditas. Elas são encontradas em diversos centros e instituições espíritas por onde Chico Xavier tenha passado e, quanto possível, arquivadas com as adaptações adequadas à nossa época, registrando-se o local e a data em que vieram à luz.
Cada uma dessas pastas de arquivo funciona qual útero abençoado, na geração de mais um livro. Quando a Espiritualidade Maior, por intermédio do médium amado, considera a oportunidade de mais uma publicação, temos a definição do novo título e o prefácio da obra surge, geralmente ditado por Emmanuel. Todo o material passa, então, à diagramação, sendo separado em novas pastas, na exata forma com que aparecerá nas livrarias.
Ao lado deste trabalho de grande cuidado e importância, assinalamos também a exaustiva tarefa de catalogação de todas as mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier. Tarefa executada com esmero por nosso irmão Vivaldo. Vamos encontrá-las todas, classificadas segundo o Espírito comunicante, por ordem alfabética de seus títulos, com a indicação do livro e da respectiva página em que se encontram, ou, se for o caso, com a indicação de “inédita”.
Que os tarefeiros do livro espírita, homenageados aqui, através de nosso irmão Vivaldo da Cunha Borges, recebam a gratidão inequívoca da comunidade espírita de Minas Gerais. Isto porque um trabalho executado com tamanha dedicação e eficiência só poderá ser fruto de muito, muito amor. (…)
(Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 201, janeiro/abril de 1987. Também inserido no “Anuário Espírita de 1988”, número 25, IDE, Araras, São Paulo.)