Chico Xavier - Mandato de Amor

Capítulo XX

“Na atualidade”



Viveis a extravagância e a decadência,

O pesadelo esdrúxulo e profundo

Do tempo em que o Direito moribundo

Sofre o insulto da força e da violência.


Toda a carne é ilusão, treva e falência,

Só o Espírito altíssimo e fecundo

É a suprema dinâmica do mundo,

Força renovadora da existência.


Ante o assombro da “túnica pretexta”,

Volve o instinto famélico da besta,

Que, de novo, no mundo, engendra a guerra;


Sempre Caim, no escárnio, dominando,

A comandar, no vórtice nefando,

O turbilhão de lágrimas da Terra!




(Soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da União Espírita Mineira, em 20 de agosto de 1939.)