Viveis a extravagância e a decadência, O pesadelo esdrúxulo e profundo Do tempo em que o Direito moribundo Sofre o insulto da força e da violência. Toda a carne é ilusão, treva e falência, Só o Espírito altíssimo e fecundo É a suprema dinâmica do mundo, Força renovadora da existência. Ante o assombro da “túnica pretexta”, Volve o instinto famélico da besta, Que, de novo, no mundo, engendra a guerra; Sempre Caim, no escárnio, dominando, A comandar, no vórtice nefando, O turbilhão de lágrimas da Terra! |
(Soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião da União Espírita Mineira, em 20 de agosto de 1939.)