Chico Xavier - Mandato de Amor

Capítulo XXXVII

Carta a minha mãe





Quis visitar-te o anônimo jazigo

Em que a humildade em paz se nos revela,

Contemplo a cruz, antiga sentinela

Erguida ao lado de um cipreste amigo.


Busco a memória e vejo-te comigo;

Estamos sob o verde da aquarela,

Teu sorriso na túnica singela

É luz brilhando neste doce abrigo.


Recordo o ouro, Mãe, que não quiseste,

Subindo para os sóis do Lar Celeste

Para ensinar as trilhas da ascensão.


Venho falar-te, em prece enternecida

Do amor imenso que me deste à vida,

Nas saudades sem fim do coração.




(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 12 de março de 1989, em Uberaba, Minas Gerais. Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 208, janeiro/março de 1989.)