Pouco tempo sofri na Terra ingrata e dura Onde o mal prolifera, onde perece o amor, Entre a sufocação de um sonho superior E a esperança na morte, a triste senda escura. Até que um dia a morte amiga e benfazeja Apodreceu meu corpo em sua mão gelada, E minhalma elevou-se à rutilante estrada Onde o Espírito encontra a paz que tanto almeja.. Algum tempo eu sofri, ao pé do corpo imundo, Escravizado ao pranto, agrilhoado ao mundo, Prisioneiro da mágoa, amortalhado em dor! Mas depois a oração libertou-me da pena, E pude, então, voar para a mansão serena, Onde fulgura o sol do verdadeiro amor. |
Na sessão de 14-12-1933.
Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 2ª soneto do 37º capítulo do livro “”