Há no estertor da morte uma beleza Transcendente, ignota luminosa, Beleza sossegada e silenciosa, Da luz branca da Paz, trêmula e acesa… É o augusto momento em que a alma, presa Às cadeias da carne tenebrosa, Abandona a prisão, dorida e ansiosa, Sentindo a vida de outra natureza. Um mistério divino há nesse instante, No qual o corpo morre e a alma vibrante Foge da noite das melancolias!… No silêncio de cada moribundo, Há a promessa de vida em outro mundo, Na mais sagrada das hierarquias. |
Sessão de 14-03-1934.
Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 12ª soneto do 26º capítulo do livro “”