Chico Xavier - O Primeiro Livro

Capítulo XXIX

Capítulo XXIX



Abri minhalma para os sofredores

Na vastidão serena dos Espaços,

Eu que na Terra tive sempre os braços

Presos à cruz tantálica das dores.


Epopeias de Sons e de Esplendores,

E os prazeres mais pobres, mais escassos,

E o mistério dos célicos abraços,

Dos Perfumes, das Preces e das Cores;


Tudo isso não vejo e vejo apenas

O turbilhão das lágrimas terrenas

— Taça imensa de gotas amargosas!


Da piedade e do amor eu trago o círio,

Para afastar as trevas do martírio

Do silêncio das noites tenebrosas.




Na sessão de 12 de julho de 1933.

Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 13ª soneto do 26º capítulo do livro “”