Chico Xavier - O Primeiro Livro

Capítulo XLVI

Capítulo XLVI



Nunca te isoles entre os mananciais da vida;

A vida é o eterno bem que nos foi dado,

Para que o multiplicássemos indefinidamente…

E a alma que se abandona,

Ao sofrimento ou ao bem-estar,

É um deserto sem oásis,

Onde outras almas sentem fome e sede.


Multiplicar a vida

É amar sem restrições

A flor, a ave, os corações,

Tudo o que nos rodeia.

Atenuar a dor alheia,

Sorrir aos infelizes,

Bendizer o caminho que nos leva

Da treva para luz;

Agradecer a Deus, que é Pai bondoso,

O firmamento, o luar, as alvoradas.


Ler a sua epopeia feita de astros,

Ter a bondade ingênua das crianças,

Tecer o fio eterno da esperança

Por onde se sobe ao Céu;

Dar sorrisos, dar luzes, dar carícias,

Dar tudo quanto temos,

Tudo isto é amar multiplicando a vida.

Que se estende infinita no Infinito.


Dar a lição de paciência se sofremos,

Dar um pouco de gozo se gozamos.

É guardarmos a semente

Da Vida

Em leivas verdejantes,

E a qual há-de nos dar

Sombras amigas para descansarmos.

Indumentos de flores perfumosas

E frutos aos milhares,

Para nutrir as nossas alegrias

Nos jardins estelares…




Produção mediúnica do dia 22-03-1934.

Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 1ª poema do 46º capítulo do livro “”