Fita o Mestre, da cruz, a multidão fremente, A negra multidão de seres que ainda ama. Sobre tudo se estende o raio dessa chama, Que lhe mana da luz do olhar clarividente. Gritos e altercações! Jesus, amargamente, Contempla a vastidão celeste que o reclama; Sob os gládios da dor aspérrima, derrama As lágrimas de fel do pranto mais ardente. Soluça no silêncio. Alma doce e submissa, E em vez de suplicar a Deus para a injustiça O fogo destruidor em tormentos que arrasem, Lança os marcos da luz na noite primitiva, E clama para os Céus em prece compassiva: « — Perdoai-lhes, meu Pai, não sabem o que fazem!…» |
Na sessão de ?-?-1934.
Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é o 5ª soneto do 48º capítulo do livro “”