Que a maravilha dos grandes Não te sirva de embaraço. A jornada por mais longa, Começa sempre de um passo. Sem vida nova em Jesus Nossa crença é muito estranha… A raposa muda a pele Conservando a velha manha. Benefício acompanhado De censura ou de papel É bebida indesejável Que sabe a vinagre e fel. Na verdade, Deus é bom Mas se o filho é rude e mau, Por vezes, descem do céu Pedra e fogo, corda e pau. A ventura de quem vive De maldade e vilipêndio É como a luz passageira Que nasce de um grande incêndio. Evita imitar no mundo Os homens apaixonados Que tratam alguns por filhos E aos outros por enteados. Não te esqueças da prudência E aprende a falar talvez. Crendo em tudo quanto escutas Tropeçarás muita vez. No serviço alegre e são A tua força concentra. À porta de quem trabalha A fome espreita e não entra. Fala pouco de ti mesmo, Pois saúde e geração Se forem muito apurados Só trazem perturbação. Não te rias de quem chora. Toda dor faz ida e vinda E a botija de vinagre Tem muito vinagre ainda. |