Lembrando Allan Kardec Pés sangrando no trilho solitário, Dilacerado, exânime, proscrito, — Ave do sonho em montes de granito Assim passa no mundo o Missionário. Incompreendido e estranho visionário, Contendo, a custo, o peito exausto e aflito, Vai carregando as glórias do Infinito, Entre as chagas e as sombras do Calvário. Longas jornadas, ásperos caminhos, No campo de grilhões, trevas e espinhos, Onde semeia o trigo da Verdade!… Virão, porém, os dias da colheita E os celeiros da luz pura e perfeita No Divino País da Eternidade. |