Lembro-te, sábio amigo!… A cultura te afaga… Falas em teus salões… Ouvintes às centenas… Mas dos vasos de rosas e açucenas, O perfume sutil em ondas se propaga… Revejo-te a cautela, as mãos pequenas… Ouço-te as preleções em que a fé se te apaga… Noto homens cruéis, cujo porte me esmaga, Que te compram, sorrindo, as jovens que envenenas. Muda-te a morte o rumo… Estás entre os doentes, Flagelam-te remorsos comburentes… Suplicas o retorno à vida transitória… Renasces… E a servir, no século que avança, Plantas obras de amor e parques de esperança, Voltando, hoje, ao Além, num carro de vitória!… |
(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 1º de outubro de 1988, em Uberaba, Minas.)