Confia e Serve

Capítulo XIII

Redenção



Lembro-te, sábio amigo!… A cultura te afaga…

Falas em teus salões… Ouvintes às centenas…

Mas dos vasos de rosas e açucenas,

O perfume sutil em ondas se propaga…


Revejo-te a cautela, as mãos pequenas…

Ouço-te as preleções em que a fé se te apaga…

Noto homens cruéis, cujo porte me esmaga,

Que te compram, sorrindo, as jovens que envenenas.


Muda-te a morte o rumo… Estás entre os doentes,

Flagelam-te remorsos comburentes…

Suplicas o retorno à vida transitória…


Renasces… E a servir, no século que avança,

Plantas obras de amor e parques de esperança,

Voltando, hoje, ao Além, num carro de vitória!…




(Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 1º de outubro de 1988, em Uberaba, Minas.)