Confia e Serve

Capítulo XXI

Palavras de amor paternal



Amigos.

O senhor nos abençoe.

Hoje é uma grande noite no lar e na família. E somos parte do conjunto que formastes no tempo, em honra de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Com os nossos votos de trabalho e paz, coragem e alegria, a todo vós, com quem nos reunimos habitualmente, desejamos que esses fatores da felicidade vos caracterizem a existência em todos os vossos dias. Mas não nos prendemos unicamente aos votos referidos. É nosso propósito agradecer-vos toda a cooperação que nos proporcionastes, no transcurso de 1988, através das atividades em que expressais a vossa fidelidade aos compromissos assumidos.


Agradecemos o amor que doastes aos irmãos em dificuldade ou penúria;

a tolerância com que soubestes desculpar as nossas falhas, na condição de imperfeitos amigos espirituais;

a assiduidade no desempenho de nossas tarefas, nas quais vos fizestes nossos professores de dedicação aos ensinos que Jesus nos legou;

a cortesia e o devotamento ao bem, com que ouvistes duras observações daqueles que nos procuram ainda inconscientes das realidades que nos felicitam;

as palavras de bom ânimo com que levantastes tantos companheiros caídos em desesperação, ante as provas que os aguardavam na experiência física;

os impulsos generosos com que atendestes ao apelo dos necessitados de todas as procedências;

a resignação que infundistes em muitos de nossos irmãos, ansiosos na expectativa de receber os comunicados de entes queridos, que não nos foi possível abordar, irmãos esses que passaram a escutar com respeito as referências edificantes, alusivas à nossa Doutrina de Paz e Amor;

a compreensão com que registrastes as queixas e reclamações, injúrias e exigências de amigos encarcerados nas grades da inconformação;

a esperança que acendestes no escuro de corações desolados e infelizes;

a reorientação fraternal com que vos conduzistes no esclarecimento aos companheiros enganados por ilusões que os situavam na fantasia;

o trabalho constante com que vos decidistes a traduzir os ensinamentos do Divino Mestre, socorrendo aos últimos das filas humanas, amparando os desvalidos e agasalhando os nus;

o entendimento com que suportastes críticas e acusações gratuitas, entregando os obstáculos do mundo à Divina Providência;

o espírito de fraternidade com que dialogastes, construtivamente, com os amigos distanciados do Bem, suportando com serenidade os agravos e as agressões;

o silêncio que adotastes à frente do mal, cientes de que a Infinita Bondade do Senhor transforma sem alarde e sem alarme os desgostos e amarguras, com que fostes tantas vezes defrontados nos caminhos da fé;

e por todas as vossas qualidades nobres e esforços de autoaperfeiçoamento, ensinando-nos a amar e a esperar, a abençoar e a elevar, convertendo-vos, involuntariamente, em orientadores para nós outros, os vossos companheiros desencarnados, e por todas as bênçãos de trabalho e paciência, com as quais nos enriqueceis de confiança e alegria, eis-me aqui, o menor de vossos servidores, a fim de repetir-vos: — Muito obrigado e que Deus nos abençoe!




(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, na reunião pública realizada no Grupo Espírita da Prece, na noite de 31 de dezembro de 1988, em Uberaba, Minas.)