— “Caridade! Dom Júlio! Um pão dormido, Tenho fome e este frio me enregela!…” — “Nada tenho a doar para a favela, Caridade é palavra sem sentido!…” Assim falou Dom Júlio Barbarela, Mostrando coração empedernido… Odiava escutar qualquer pedido, No ouro e no egoísmo se encastela… Já velho, viu a Morte… Espantadiço, Clamou: — “Darei meu ouro e meu serviço!… Morte, somente peço dias calmos!…” Mas, disse a Morte: — “Estás em despedida, Das terras que tiveste em toda a vida, Terás agora apenas sete palmos!…” |
(Psicografada por Francisco C. Xavier)