Nas Pegadas do Mestre

CAPÍTULO 63

Patriotismo



Estudar, assimilar e praticar o Evangelho de Jesus Cristo faz patriotas, porque, consolidando o caráter, torna os homens independentes e honestos; e tais são os que, de fato, promovem o bem e a grandeza da Pátria.


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O hipócrita, o bajulador e o parasita são os três grandes inimigos da Pátria. Só o verdadeiro Cristianismo, alterando a condição moral do ambiente, pode destruir essa nefasta tríade, ruína e opróbrio das nações.


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O trabalho fecundo do povo enriquece e eleva a Pátria. As classes parasitárias, que consomem e esbanjam, sem produzir coisa alguma, originam o desequilíbrio financeiro.

Desse desequilíbrio vem a fome, a guerra e a peste que assolam as nações.


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A falsa política, aliada como sempre está à falsa fé, constitui o maior e o mais perigoso elemento de corrupção social. O país, onde semelhante fator de dissolução impera, será sempre pobre, viverá sempre humilhado e pejado de dívidas; jamais se elevará nas asas do progresso, ainda que dotado de todos os favores da Natureza.


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É preciso sanear a religião e a política, escoimando-as de hipocrisias, de mercantilismo e de toda espécie de parasitas. Só assim a Pátria será livre e respeitada, porque do caráter do povo depende sua emancipação e dignidade; e o caráter não se consolida jamais numa atmosfera de mentiras e vilanias como a gerada e mantida pela falsa política em conúbio com a falsa fé.


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Os homens guiam-se pelas ideias, movem-se pelos sentimentos. Purifiquemos o ideal, divinizemos a fé: os homens serão justos. Não é com tambores, nem galhardetes, nem uniformes bizarros ou qualquer outra exterioridade carnavalesca, que lograremos desenvolver o civismo e levantar o moral do povo. É necessário despertar-lhe os poderes internos, iluminar-lhe a razão, avivar-lhe os sentimentos obliterados. Numa palavra, é preciso educá-lo.