Afirmas, muita vez, alma querida, Em fervorosa prece: — “Quero, Jesus, servir e cooperar contigo!… Ah! Senhor, se eu pudesse!…” Depois, declaras-te sem forças, Pensa, entretanto, nisto: Podes ser hoje mesmo, onde estiveres, A sublime extensão da bondade de Cristo!… Fita a sobra da mesa que te ampara: Utilizando um pão, simples embora, Consegues replantar as flores da alegria Na penúria que chora. Considera o montão de bens que atiras longe Sem sentir, sem pensar, inconsequentemente: Descobrirás nas mãos o privilégio De estender reconforto a muita gente. Lembra a moeda, tida por singela: Escorada na fé que te bendiz, Transforma-se na xícara de leite Que socorre e refaz a criança infeliz. Detém-te nos minutos disponíveis: Ao teu devotamento se farão A visita, a bondade, o carinho e consolo Para o enfermo largado à solidão. Trazes contigo os dotes da brandura: Ante os golpes do ódio explosivo e violento, Guardas a faculdade de extinguir O fogo da revolta e o fel do sofrimento. Observa o tesouro da palavra: Se envolvida de paz a tua frase alcança Todo aquele que cai na sombra da tristeza Para erguer-se de novo ao toque da esperança. Não te digas inútil, nem te omitas… A trabalhar, servir, amparar, recompor Serás, alma querida, em qualquer parte, A presença de Cristo em teu gesto de amor. |
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1972 pelo IDE e é a 24ª lição do livro “”