Não digas, alma irmã, que nada tens Ante a dificuldade em que te recriminas, Na grandeza do mundo em que Deus nos resguarda, Olha o valor das cousas pequeninas. Reflete na semente diminuta Na terra áspera e seca que se enfresta, Apesar do deserto que a rodeia Pode ser o princípio da floresta. Pensa na gota medicamentosa Na convulsiva dor de impacto violento, Simples gota, lembrando pétala de orvalho, Suprimindo o poder do sofrimento. Fita a mansão moderna alçada ao brilho Da Terra enobrecida e renovada, Quanto é pobre de força e segurança Sem a presença humilde da tomada. Se, um dia, atravessaste a noite espessa, Tateando sem rumo dentro dela, Conheces quanto aflige a escuridão E quanto vale a chama de uma vela. Não digas, alma irmã, que te sentes inútil, Não existem no amor donativos plebeus, Tens contigo a riqueza da esperança, O sorriso da paz e a proteção de Deus. |