Espera, meu irmão! Não profiras, ainda, A palavra suprema De revolta e de dor… Ruge a tormenta, em fúria? Troveja a cólera, a peçonha envenena, a maldade fulmina? Conserva a tua bússola divina De otimismo e de amor. À frente dos impulsos tumultuários, Paralisa teus pés, Recolhe tuas mãos, Põe a serenidade nos teus olhos, Cerra teus lábios no silêncio E espera no Senhor!… Ele virá nos próximos instantes E falará por ti se souberes calar… E onde tua mão inquieta não houver perturbado Fará reparações amorosas e justas. Converterá tua serenidade No espelho cristalino da verdade, Em que o perseguidor ver-se-á tal qual é, Em que a calúnia, o mal e a ingratidão Reconhecer-se-ão Para tornar à treva de onde vêm. Terás alegremente a vitória do bem! Ouve, pois, meu amigo, Se o momento é de dor e de perigo, De negros temporais, Espera! espera mais! “Não recalcitres contra os aguilhões!” (At O Divino Senhor dos Corações Tudo sabe na Luz em que governa No Grande Amor da Majestade Eterna. Ansiedades, angústias, amargores, Ciladas dos caminhos tentadores? Oh! tudo passará… Não te percas na noite de aflição, Foge à revolta e à desesperação, Espera, espera ainda!… Ele virá! |