Da aflição de encontrar Todos os lares cerrados, Retirou o Senhor A Luz Divina Da Manjedoura Gloriosa Para a Humanidade inteira; Das dificuldades de Nazaré Extraiu a lição do trabalho, Santificadora para todos os homens, Na carpintaria singela; Do dissabor de não ser ouvido Por juízes e sacerdotes, filósofos e doutores, Instruiu pescadores rudes e pobres, Exaltando a humildade em júbilos eternos; Da ausência de recursos materiais, Com o desprezo dos poderosos, Fez o templo da Natureza, Entre árvores verdes e águas acolhedoras, Ensinando o Evangelho da renovação do mundo; Da angústia dos enfermos, Dos cegos e paralíticos, Que lhe ensopavam o caminho de lágrimas, Compôs cânticos de bondade e fé, Revelando a compaixão infinita; Da ingratidão dos beneficiários, Da deserção das companheiros, Articulou ensinamentos de amor Para todos os tempos; Da perseguição e da calúnia, Da ironia e do apodo, Com que lhe enchiam a solidão angustiada e terrível, Formou testemunhos da confiança completa Na perfeita fidelidade ao Supremo Senhor; Dos insultos e golpes, Das vergastadas e pedradas, Cravou hinos de vitória Com o perdão e a piedade; Por fim, fez da cruz, Oprobriosa e infamante, O caminho da ressurreição para a vida eterna, Iluminando as gerações de todos os séculos!… Se procuras o Cristo soberano, O Mestre e o Salvador, Ouve, aprendiz da redenção divina: — Que fazes de tua dor? |