Escuta, meu irmão, agora é o dia Em que a Bênção Celeste nos coroa Convidando à tarefa clara e boa De espalhar a alegria. Desce do altar caseiro a que te elevas E acende sobre a noite de quem chora Uma réstia de aurora, Adelgaçando as trevas… Assinala, mais perto, De coração fiel, amigo e atento, O dorido lamento Dos que passam clamando no deserto. É a miséria sem lar vagando além, A ignorância, torva e envilecida, A criança perdida E o doente cansado sem ninguém… Desce do pedestal nobre e sublime Em que a glória da fé te ilustra o nome, Trazendo o pão onde se estenda a fome E a luz de Deus onde corveje o crime. Sobre o abismo das lágrimas debruça O coração tranquilo e consolado E encontrarás Jesus crucificado Em cada peito humano que soluça… Em ti que trazes, rútilo e fecundo, O brasão do Evangelho na alma ardente Recai o privilégio onipresente De revelar o Cristo sobre o mundo! Escuta, meu irmão, agora é o dia Em que a Bênção Celeste nos coroa, Convidando à tarefa clara e boa De espalhar a alegria… |
[. Sobre o nome do autor vide “”.]