Desculpar as ofensas sem comentá-las.
Auxiliar aos companheiros do caminho sem falar disso a ninguém.
Humilhar-se para os amigos, a fim de conservá-los.
Escutar referências infelizes envolvendo-as no silêncio.
Ver quadros inconvenientes ou destrutivos apagando-lhes as imagens e as cores na memória, para que não cheguem à conversação.
Solucionar problemas dessa ou daquela pessoa amiga, sem que ela venha a saber disso.
Abster-se de qualquer comentário infeliz, quando o propósito de enunciá-lo nos visite a cabeça.
Repetir informações sem alterar a voz e sem críticas, mesmo risonhas, com os nossos semelhantes que ainda não hajam adquirido a suficiência desejável no domínio da compreensão.
Respeitar as mágoas alheias, vestindo-as com a bênção da amizade e do entendimento.
Aceitar sem melindres a irritação de qualquer pessoa, sem excitá-la com respostas esfogueantes.
Apagar o braseiro da discórdia, no nascedouro, sem contar vantagens de semelhante construção espiritual.
Abster-se de imprudência com os irmãos ainda imprudentes e manter a paciência nos instantes em que a serenidade parece distanciar-se de nós.
Estejamos certos de que as dádivas em favor dos homens são todas elas bênçãos da vida que a vida nos retribuirá fatalmente; no entanto, existem dádivas para Deus que os beneficiados desconhecem, e que Deus saberá premiar com a luz da alegria e com a paz do coração.