Escuta, alma querida, As tragédias do mundo, longe ou perto, São lâminas ao ar como açoites ao vento… Lutas entre as nações e outras do sofrimento Dentro do próprio lar, Quais golpes a explodir; Rugem conflitos, clamam desacertos, Mas enquanto a violência se encastela, A palavra da fé nos roga clara e bela: — “Trabalhar e esquecer, prosseguir, prosseguir… Perdes almas queridas pela estrada Que se marginalizam sob a escolta Da tristeza, da mágoa e da revolta, Descrentes do porvir… Quanto a ti, age, lida e continua… O Tempo há de buscá-las no futuro E a Lei já te alinhou sob o esquema a seguir: — “Trabalhar e esquecer, prosseguir, prosseguir…” Não contes desenganos e pesares. Consome qualquer dor na chama ardente Da confiança em Deus que te mantém buscando a frente, Para que possas Compreender e elevar… Mãos na gleba do amor!… Aprende a construir!… E escutarás, então, de ânimo atento A mensagem de luz do próprio firmamento: — “Trabalhar e esquecer, prosseguir, prosseguir!…” |